Há o teu rosto dentro do teu rosto: único e múltiplo. As tuas mãos de outrora nas tuas mãos de agora há o primeiro amor que é sempre o último antes do tempo ou só depois da hora. E vinhas de tão longe. E era tão fundo. Eu conheço-te. E era por mim. E era por ti. E era por dois. E havia na tua voz o princípio do mundo. E era antes da Terra. E era depois. Manuel Alegre Livro do Português Errante Publicações D. Quixote Foto: Maria João Alves
No poema ficou o fogo mais secreto. O intenso fogo devorador das coisas. Que esteve sempre muito longe e muito perto. Sophia de Mello Breyner Andresen